Vendo que eu estava preso em meus pecados e delitos, réu confesso e sem defesa, sendo
incriminado pelo sagaz acusador de dia e de noite (Apocalipse 12:10),
Jesus rogou por mim e pediu que o meu corpo fosse apresentado diante do
sumo e justo Juiz, o supremo Deus. Jesus, como o maior advogado que já
existiu, impetrou um habeas corpus, a petição utilizada foi o Seu
próprio corpo, o argumento foi o Seu sangue, o protocolo foi dado pelos
soldados romanos com os pregos, espinhos e uma afiada lança em Seu
lado, meu corpo foi resgatado da clausura e da cela fria do pecado e,
como a norma jurídica dizia que o caminho para a remissão de pecados é o
derramamento de sangue (Hebreus 9:22), o supremo julgador prolatou a
inequívoca sentença publicada no capítulo oitavo da carta aos Romanos:
“Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo
Jesus”!
O sacrifício de Jesus foi o nosso habeas corpus, através dessa preciosa ação a humanidade pôde constatar que se o Filho libertar alguém, este será verdadeiramente livre (João 8:36), de modo que qualquer maldição, pecado, culpa, acusação ou peso podem ser remidos pelos efeitos daquela petição protocolada na cruz.
A graça e a libertação são simples, de modo que hoje o homem não
necessita de outros “atos proféticos”, grandes campanhas espirituais,
nem mesmo do desembolso de vultosas quantias financeiras para que seu
pecado seja expurgado, apenas é necessário aceitar e compreender o
sacrifício de Jesus e deixar de carregar um fardo que já foi por Ele
levado (Isaías 53:4).
Um último dado sobre o habeas corpus é que se trata da única
ação individual que pode ser impetrada por qualquer pessoa em benefício
de outra, mesmo sem procuração do beneficiário. Nisso entendemos que
antes mesmo que você pensasse em aceitar Jesus em seu coração, Ele já
tinha aceitado sua vida, constatamos que “nós o amamos porque Ele nos
amou primeiro” (1 João 4:19), mesmo sem ter procuração ou qualquer
autorização expressa de nossa parte, Ele se doou e morreu por nós, nos
amou sem esperar nada em troca!
Todavia, aquele que nos libertou do pecado, da culpa e da acusação
pode fazer muito mais em nosso favor, a única condição é que, ao
contrário do habeas corpus, para todas as outras ações que esse
advogado possa manejar em nosso favor será necessária a outorga de
procuração, dando-lhe plenos poderes para agir pelas nossas causas, por
isso sempre haverá uma escolha, agir conforme a vontade humana e ser
guiado pela própria mente, ou entregar o caminho ao Senhor, confiar nEle
e deixar o mais para que Ele o faça (Salmo 37:5). A outorga de
procuração é o instrumento pelo qual a luta que era sua passa a ser do
Senhor, a sua mágoa é convertida em alegria, a morte é transformada em
vida e sua dor é trocada por conforto, e a forma para a assinatura dessa
procuração é o simples atendimento do apelo feito pelo seu advogado em
Provérbios 23:26, “dá-me o teu coração”, portanto, a escolha é sua!
Onde vi, no Jesus Copy
Por, Saulo Daniel Lopes