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20 de abr. de 2012

Domínio Próprio



“Como a cidade com seus muros derrubados, assim é quem não sabe dominar-se” Pv. 25.28

       Olá amados(as)! Graça e paz!!
    Neste post trago uma mensagem que é muito ensinada e tratada nos nossos dias, quer seja a igreja, célula, rodas de conversas..
    Um assunto que esta intrínseco em nossa realidade, mas de tamanha dificuldade de ser praticado, pois confronta os desejos da carne.
 Construindo a muralha do domínio próprio em nossas vidas é o tema, dado que, se esta muralha não for levantada, acabamos que como levados pela vontade do pecado, dos desejos da carne, que nada querem, senão, nos afastar de Deus. Farei uma série de posts sobre o domínio próprio, ensinando conceitos que determinam o que é preciso para aperfeiçoar o nosso domínio.
      Nos tempos antigos o muro de uma cidade era a sua maior defesa. Sem muro a cidade estava à disposição dos seus inimigos. Mais ou menos isso acontece hoje nas grandes cidades – as casas estão cercadas por grades – nos sentimos seguros por causa das grades e trancas.
     Autocontrole ou o domínio próprio é o muro de defesa que se opõe aos desejos pecaminosos que fazem guerra contra sua alma. Sem autocontrole a pessoa se torna presa fácil para qualquer espécie de invasor.
       Uma boa definição para domínio próprio pode ser: o governo dos próprios desejos; a habilidade de evitar excessos e viver dentro de limites saudáveis.
      O domínio próprio está muito relacionado com uma decisão interior de fazer o que muitas vezes não se tem vontade. Ex. As pessoas raramente sentem-se motivadas a estudar a Palavra de Deus com regularidade. Existem tantas outras coisas mais fáceis de fazer – mentalmente falando – assistir TV, ler uma revista ou jornal, ler um bom livro, bater um bom papo, navegar na internet, etc. Por isso, é necessário uma decisão pessoal interna e uma postura externa – “vou levantar, pegar a bíblia, um caderno de anotações, vou sentar na sala e vou estudá-la”. Isso não soa muito espiritual, porque quase tudo na vida cristã tem um som romântico, mas foi exatamente o que Paulo disse em 1Co 9.27:

“Esmurro o meu corpo e faço dele o meu escravo. Para que eu mesmo não venha a ser reprovado”.

     Domínio próprio deve ser alvo da nossa atenção porque estamos literalmente numa guerra quando pensamos nos desejos pecaminosos que tentam nos subjugar.

     Tiago descreve estes desejos como sendo fortes para nos arrastar e seduzir:
    Tg 1.14 “Cada um, porém, é tentado pelo próprio mau desejo, sendo por este arrastado e seduzido”.
     Pedro diz que os desejos guerreiam contra nossa alma:
     1Pe 2.11 “abstenha-se dos desejos carnais que guerreiam contra a alma”.
     Paulo afirma que os desejos são enganosos:

   Ef 4.22 “Vocês foram ensinados a despir-se do velho homem, que se corrompe por desejos enganosos”.

     O que torna estes desejos pecaminosos tão perigosos é que eles moram dentro dos nossos corações e nem sempre têm uma aparência ruim.
    Os tradutores da bíblia usaram a expressão “domínio próprio” para traduzir duas diferentes palavras do original bíblico.
  A primeira está na lista do Fruto do Espírito – domínio próprio = moderação/temperança - em relação ao ataque dos desejos e apetites – o significado é de força interior – quer dizer a força de caráter que capacita as pessoas a controlarem as paixões.
   A segunda palavra traduzida por “domínio próprio” denota mente sólida/ julgamento sólidoOs significados se completam. Um julgamento sólido, seguro nos capacita a ver o que e como algo deve ser feito; força interior providencia a vontade de fazer. Isso nos traz uma definição final:


“Domínio próprio é o exercício da força interior sob orientação de um julgamento sólido que nos capacita a fazer, pensar, e falar coisas que irão agradar a Deus”. 



O SENTIDO DO DOMÍNIO PRÓPRIO


    O apóstolo dava muita importância ao termo (egkrateia), uma vez que o usa várias vezes. Em 1 Coríntios 9.25, trata-se da virtude de um atleta em disciplinar seu corpo em busca da vitória; em 1 Coríntios 7.9, trata-se da capacidade do cristão em controlar sua sexualidade.

     É curioso que, quando comparece perante o procurador romano Antonio Félix, que governou a Judeia de 52 a 60, o acusado apóstolo se defende falando de justiça, de juízo final e de domínio próprio, para irritação do representante de Nero. (Atos 24:25)

   A expressão "domínio próprio" aparece sob diferentes palavras nas versões bíblicas, tendo então como sinônimos principais autocontrole e temperança. Não tem nada a ver, portanto, com endereço particular na internet...

    Podemos entender melhor o que é domínio próprio pensando no seu oposto. Quem tem domínio próprio se auto domina. Quem não tem é dominado por algo ou por alguém. Quem tem domínio não permite que sentimentos e desejos o controlem; antes, controla-os, não se permitindo dominar por atitudes, costumes e paixões.

   Domínio próprio, portanto, é a capacidade de efetiva que o cristão deve ter de controlar seu corpo e sua mente. Quando fez o homem, Deus deu-lhe o privilégio de dominar sobre todas as coisas: também disse Deus:   Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; tenha ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos, sobre toda a terra e sobre todos os répteis que rastejam pela terra. (Gênesis 1.26)

   O salmista relembra esta competência humana, ao dizer que Deus deu ao homem domínio sobre todas as obras das suas mãos e dos seus pés (Salmo 8.6). Esta competência, no entanto, nem sempre se realiza quando se trata de homem dominar a si mesmo. Embora possa estar em nós desejar fazer o bem, nem sempre o fazemos. Afinal, como aprendemos também com Paulo, na nossa carne, não habita bem nenhum, pois o querer o bem está em cada um de nós; não, porém, o efetuá-lo, porque não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço. (Romanos 7.18-19) Por isso, parecemos, por vezes, em cidades derrubadas, pois que cidade que não tem muros, assim é o homem que não tem domínio próprio. (Provérbios 25:28)
   Esta percepção não pode é um convite à passividade, mas um desafio a nos conhecermos mais e a nos esforçarmos mais para viver segundo o padrão de Deus, por difícil que seja.


DESENVOLVENDO O AUTOCONTROLE

   Antes, somos convidados a ter domínio sobre nossos sentimentos, sobre nossos desejos e sobre as circunstâncias que nos envolvem.


   1. Dominando nossos sentimentos

     Somos movidos pelos nossos sentimentos. Se, por exemplo, amamos, a Deus, ao próximo ou a nós mesmos, somos levados a querer bem, adorando a Deus, respeitando o outro e gostando de nós mesmos. Se, doutro lado, em nós o ódio é forte, seja a Deus pela figura do pai que representa, seja ao próximo, por ser a fonte de nosso sofrimento (o inferno são os outros, já dizia Sartre), seja a nós mesmos, pela incapacidade ser o que gostaríamos de ser, somos levados ao vale do vazio.

     Ter domínio próprio é fazer com que os sentimentos bons sejam fortalecidos e canalizados para que possam ser aperfeiçoados. Assim, o amor deve alcançar o seu objeto. Desde Platão, existe uma modalidade de amor silencioso. Há homens que amam mulheres que jamais retribuirão o seu amor pelo simples fato de não saberem que sem amadas. Há, pois, um amor erótico platônico. Há também um amor fraternal platônico, que é aquele que nunca passa ao campo da ação. Há ainda um amor espiritual platônico. Há gente que só Deus, que sonda os corações, sabe que é amado por ela, porque dos lábios desse tipo de adorador não sai um cântico, não sai uma palavra de gratidão ou de exaltação a Deus.

     Quando temos domínio sobre o sentimento do amor, fazemos com que ele se torne operativo. Quando ao ódio, bem, simplesmente não devemos odiar e poderíamos encerrar a discussão aqui. No entanto, somos também capazes de odiar; este é um gigante da alma, como o descreveu um antigo psicólogo (Emílio Mira y Lopez). Se o Espírito Santo habita em nosso coração, ele não pode conviver com o ódio. Contudo, sabemos que, embora não o desejando, nós odiamos.

      Por isto, a recomendação bíblica é que, mesmo nos irando, não devemos pecar e nem permitir que o sol se ponha sobre a nossa raiva. Antes, consultemos nosso travesseiro e sosseguemos (Salmo 4.4). Em outras palavras, o ódio não pode ser um sentimento permanente em nós, para que não nos destrua. O ódio é, portanto, um sentimento a ser controlado ou ele nos dominará e nos levará a fazer o que não queremos.

    A ambição é um sentimento que também deve ser controlado. Não devemos ser acomodados; antes, devemos querer o máximo para nós. A ambição destrói quando não vê métodos e se baseia na comparação com o que os outros são ou alcançaram. Controle a sua ambição e ela não controlará você.

     A vaidade é um sentimento que também deve ser controlado. Não devemos nos achar que nada valemos e que os outros são melhores ou fazem as coisas melhores que nós. Nem sempre... A vaidade mata quando nos leva a nos achar onipotentes e oniscientes, acima da média humana. Controle a sua vaidade e ela não controlará.

2. Dominando nossos desejos

    Se os nossos sentimentos nos definem, nossos desejos nos constituem. Nós somos aquilo que desejamos. Como ensinou Jesus, onde estiver o nosso tesouro, isto é, os nossos desejos, aí estará também o nosso coração. (Mateus 6:21)

    Desejamos coisas legítimas e coisas ilegítimas. Nem todos os nossos desejos são pecaminosos. Sejam quais forem, no entanto, se eles nos controlarem, passam a ser pecaminosos. Comer chocolate não é pecado. Se no entanto, não posso comê-lo e não consigo não comê-lo, comê-lo é pecado. Ver televisão não é pecado. Se, no entanto, eu deixo de fazer o que preciso fazer (seja ler, trabalhar, conversar) para ficar diante dela, ela me controlou. 

     Desejamos coisas realmente necessárias e coisas suavemente impostas. Já não sabemos a diferença em coisas básicas e coisas supérfluas. De qualquer modo, no entanto, podemos dizer que grande parte de nossas necessidades simplesmente não existe. É parte da máquina do mundo, que nos torna primeiramente consumidores e depois cidadãos.

    A maior desgraça do desejo é quando ele se converte em vício. Há cristãos viciados em falar da vida alheia; até reunião de oração se transforma em espaço privilegiado para a fofoca. São cristãos que não refreiam as suas línguas. Há cristãos viciados em guardar dinheiro; eles guardam sempre e de modo tão doentio que nunca usufruem dele. São cristãos que não refreiam sua cobiça. Há cristãos viciados em mentir; dizem a Deus que O estão adorando, mas estão apenas buscando uma "bençãozinha"; dizem que têm apreço por seu irmão, sendo até capazes de abençoa-los da boca para fora, mas não têm a menor disposição de ajudá-lo a carregar as suas cargas. São cristãos escravos da aparência.

     É conveniente que eu e você vivamos uma vida de consagração e santidade para Deus! E o domínio próprio como você pôde ver é uma virtude da qual não podemos abrir mão para alcançarmos a qualidade de vida cristã que agrada a Deus. Comece a exercitar estes conceitos na tua vida! Pois eu preciso muito colocar tudo isso em prática. Então por isso me despeço para começar a viver o cristianismo verdadeiro!

Na graça e no amor de Cristo, Danilo Dias.
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